Bolsonaro nega ingerência na PF e manda jornalistas calarem a boca

Presidente da República ouviu apoiadores e mandou recado para jornalistas em sua saída do Palácio do Planalto.

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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) adotou nesta terça-feira (05), um tom severo e mais crítico contra os jornalistas, principalmente contra o jornal Folha de São Paulo, veículo de imprensa, no qual foi chamado pelo presidente de imprensa canalha.

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Cercado de seguranças e parando para ouvir seus apoiadores, o presidente não respondeu nenhuma pergunta dos jornalistas que estavam presentes e aguardando a sua saída do Palácio do Alvorada, ele apenas deu uma declaração contra a Folha de São Paulo e mandou os jornalistas calarem a boca.

Bolsonaro adotou tom mais de confronto com jornalistas e inflamou apoiadores

Segurando uma cópia com a reportagem da Folha, Bolsonaro disse que não está tendo nenhuma ingerência na Polícia Federal e disse que a troca da superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro não é uma medida que interessa a família Bolsonaro e sim uma medida administrativa.

Sobre a troca na PF, Bolsonaro disse que não foi um desejo seu e sim um desejo de Rolando Alexandre novo diretor-geral da Polícia Federal. As declarações do presidente rebatem as acusações feitas pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro.

Assista logo abaixo a declaração dada por Bolsonaro em sua saída do Palácio do Alvorada.

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Ingerência do presidente no comando da Polícia Federal é alvo de inquérito na PF

As denúncias feitas por Sérgio Moro estão sendo investigadas e um inquérito foi aberto no Supremo Tribunal Federal. No último sábado, Moro prestou um depoimento de mais de oito horas para apresentar provas e prestar depoimento sobre suas acusações contra o presidente.

Elaborado pelo Procurador Geral da República, Augusto Aras, o inquérito visa investigar a veracidade das acusações do ex-ministro. Na tarde de ontem, três ministros foram intimados a depor na Superintendência da Polícia Federal de Curitiba, sendo eles: Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), Augusto Heleno Ribeiro Pereira (Gabinete de Segurança Institucional da Presidência) e Walter Souza Braga Netto (Casa Civil), além desses três, a deputada federal Carla Zambelli também será ouvida.