Bolsonaro vai recorrer da decisão do STF de barrar posse de Alexandre Ramagem para a PF

Ramagem foi o escolhido de Bolsonaro para assumir a diretoria-geral da Polícia Federal. Ministro Alexandre de Moraes barrou.

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Jair Bolsonaro (sem partido) irá recorrer da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em barrar a posse do novo diretor geral da Polícia Federal, o delegado Alexandre Ramagem.

Ramagem foi o escolhido pelo presidente da república após a exoneração de Maurício Valeixo. Porém, o ministro Alexandre de Moraes suspendeu a nomeação, alegando desvio de finalidade, uma vez que há proximidade entre o delegado e a família de Jair Bosonaro.

A decisão foi anunciada horas depois da posse de André Mendonça, o novo ministro da Justiça, e de José Levi como novo advogado- geral da União. Na cerimônia, Levi havia confirmado que a não iria apresentar recurso junto ao STF para reverter a situação da barragem de Ramagem.

A Advocacia Geral da União (AGU) também havia emitido uma nota a respeito disso minutos antes da posse. Foi até determinado que Ramagem voltasse ao cargo de diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Porém, o presidente sinalizou que não vai desistir dele no cargo: “Quem manda sou eu e eu quero o Ramagem lá”, declarou em frente ao Palácio da Alvorada.

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Jair Bolsonaro também afirmou ainda que ter o delegado à frente da polícia é um sonho dele. “Brevemente se concretizará para o bem da nossa Polícia Federal e do nosso Brasil”, disse o presidente sobre a posse de Ramagem. 

A decisão de Alexandre de Moraes

O Ministro Alexandre de Moraes usou declarações do próprio presidente da república para barrar a nomeação de Alexandre Ramagem ao comando da PF. Um dos destaques foi a fala de Bolsonaro, dizendo que queria “ter uma pessoa do contato pessoal dele” para colher informações da Polícia Federal.

Moraes também se baseou nas declarações de Moro e nas conversas entre o ex-ministro da Justiça e Bolsonaro, mostradas no Jornal Nacional da sexta-feira (24). 

Apesar de Bolsonaro afirmar que irá recorrer, a AGU nega.