O drama de muitos microempresários em meio à crise provocada pelo coronavírus

Um dos segmentos que mais tiveram quedas foi o de serviços, como o de restaurante, por exemplo.

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Não tem como discordar: em meio a toda essa crise econômica devido a pandemia de coronavírus, é impossível que pequenos empresários não sintam o impacto gigante em seus cofres.

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Um dos segmentos que mais tiveram quedas foi o de serviços, como o de restaurante, por exemplo. Ninguém sai de casa para trabalhar e muito menos para comer. Alguns estão com medo de receber o produto em sua residência, justamente para evitar contato físico com entregadores.

Em um restaurante que fica na região do Brooklin, Zona Sul de São Paulo, a crise chegou bem forte. Funcionando há menos de dois anos, o lugar teve suas portas abertas pela última vez em 19 de março. De lá pra cá, a única receita praticada na cozinha e na parte financeira é a da produção de tortas congeladas para delivery. Eram sete funcionários, três foram demitidos.

“Me senti um lixo (por demitir). Abandonando as pessoas que mais vão precisar da renda”, desabafou  Paulo Cordeiro, sócio do restaurante.

“Tive que desligar para garantir não a minha sobrevivência, mas a dos outros empregados. Se eu quebrar, não vou gerar nenhum outro emprego. Se demitir, talvez eu tenha capacidade de voltar a contratá-los no futuro, dependendo de quanto tempo durar essa crise”, completou.

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Os pequenos empresários afirmam que será muito difícil manter seus negócios abertos dependendo da duração da crise, se o governo não editar medidas de apoio.

“O que está acontecendo hoje é insegurança. Ninguém tem segurança do que pode fazer. Insegurança para tomar uma decisão, porque o governo não decide o que quer fazer”, finalizou Paulo Cordeiro.