O senador Randolfe Rodrigues, filiado à Rede do Amapá e vice-presidente da CPI da Pandemia apresentou ao Supremo Tribunal Federal uma queixa-crime contra Jair Bolsonaro.
A denúncia se deu por conta de uma publicação feita por Bolsonaro através do Twitter na última segunda-feira (19). Na ocasião, o mandatário da nação escreveu que o senador tinha interesse em adquirir a Covaxin sem licitação e sem certificação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Ainda na publicação, Bolsonaro afirma que o senador teria negociado a quantidade de vacinas. Segundo ele, seriam 20 milhões de doses. Porém, no vídeo é possível notar que Randolfe pede celeridade à Anvisa para a liberação das vacinas, para ser possível ampliar o arsenal de vacinantes.
Através de sua defesa, o senador afirma que a publicação do presidente ultrapassou os limites da liberdade de expressão e pede que Bolsonaro seja processado por difamar Randolfe.
Além disso, os advogados do senador incluem que é competência do Ministério da Saúde comprar a vacina e conclui que é “absolutamente inverídico” atribuir ao senador a contratação das vacinas.
No Twitter, o vice-presidente da CPI foi além e afirmou desejar as vacinas e que se difere do governo porque o executivo estava interessado em propina.
É LÓGICO que eu queria vacina o MAIS RÁPIDO POSSÍVEL. Salvar vidas, pra gente, não é brincadeira e não é algo que se negocie c/ INTERMEDIÁRIOS. Queria a Janssen, a Covaxin, a AstraZeneca, a CoronaVac, a Pfizer… Nossa diferença é grande: eu queria VACINA! Vocês queriam PROPINA! https://t.co/eQKrKhxED1
— Randolfe Rodrigues (@randolfeap) July 19, 2021
No momento, a CPI está em recesso parlamentar. Os senadores aproveitaram o período para analisar quase 2 mil documentos. Em 37 sessões, a Comissão Parlamentar de Inquérito ouviu 27 pessoas.
No momento, 13 pessoas são investigadas, dentre elas, o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Além de Randolfe, formam a mesa o senador Omar Aziz, como presidente da comissão e Renan Calheiros, como relator.