Monique Medeiros, mãe do menino Henry, escreveu uma carta de 29 páginas de dentro da penitenciária onde traz informações inéditas sobre sua vida ao lado do vereador Jairo Souza. O casal está preso de forma preventiva por atrapalhar as investigações e pode ser indiciado por homicídio duplamente qualificado. Henry faleceu sob circunstâncias misteriosas no último dia 7 de março.
O laudo realizado no corpo da criança aponta diversas lesões violentas que acarretaram sua morte. Na carta escrita da prisão, Monique reforça o comportamento agressivo de Jairinho que já havia sido relatado por diversas testemunha e ex-namoradas. A professora revelou, ainda, que também já foi agredida pelo vereador.
Em seu primeiro depoimento, Monique saiu em defesa do namorado e alegou que ele e o filho viviam bem. Porém, a professora afirma que foi ameaçada e persuadida a defendê-lo. Em um trecho da carta escrita de próprio punho, Monique sugere que foi dopado pelo namorado por diversas vezes.
A mãe de Henry afirma que sempre recebia medicamentos para dormir das mãos de Jairinho, e que, em uma ocasião, o flagrou macetando um comprimido para seu colocado em seu vinho. A professora afirmou que em diversas vezes percebia fragmentos de um pó branco no fundo da bebida.
A professora ainda confessa que Henry teria narrado as primeiras agressões de Jairinho no último mês de janeiro, cerca de 2 meses antes de sua morte. Monique revelou que estava na cozinha quando o filho veio correndo e disse ter recebido uma “banda” e uma “moca” do padrasto, que ainda o havia chamado de “bobalhão”. A mãe do menino afirmou que repreendeu o namorado pela atitude. O casal permanece preso aguardando a conclusão do inquérito.