Agredida e torturada de forma brutal pela própria mãe e a madrasta no último final de semana, a menina de 6 anos continua internada em estado grave. De acordo o último boletim médico divulgado, a vítima tem quadro estável, mas a situação é muito grave. A informação foi confirmada pela assessoria de comunicação da Prefeitura de Porto Real (RJ), cidade onde o caso foi registrado.
Inicialmente internada no Hospital São Francisco de Assis, em Porto Real, a criança foi transferida para o Hospital Neovida, unidade particular situada no município vizinho Resende (RJ). Ainda segundo a prefeitura, ela internada em um leito de UTI infantil, e sofreu uma lesão neurológica grave.
Em documento emitido na última quarta-feira (21), o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) informou que a menina corre grandes riscos, por apresentar “hemorragia intracraniana inoperável e sério risco de vir a óbito ou permanecer em estado vegetativo”.
Ainda no documento, o TJ-RJ decretou a prisão preventiva da mãe, Gilmara Oliveira de Farias, de 28 anos, e da madrasta Brena Luane Barbosa Nunes, de 25 anos. Ambas foram submetidas a audiência de custódia, e o juiz Marco Aurélio da Silva Adania tomou a decisão da detenção, enquanto o caso é investigado.
Tortura
Os detalhes dos episódios de violência que a criança foi vítima chocou a população nacional. As agressões teriam se iniciado na última sexta-feira (16) e se prolongado até a madrugada da segunda-feira (19). A menina sofreu com socos, chutes, chicoteadas com fio de TV, e ainda foi arremessada contra a parede e um barranco.
A polícia ainda identificou que vítima ainda não vinha sendo devidamente alimentada. Segundo as autoridades, o fato da criança ter aberto duas caixas de leite foi o “estopim” para as sessões de tortura. Quando a equipe do Samu chegou na residência, a menina agonizava e apresentava várias lesões espalhadas pelo corpo.