A volta do Auxílio Emergencial está sendo amplamente discutida nas últimas semanas. Inicialmente contrário à decisão, o Governo Federal já deu o ‘sinal verde’ para uma nova rodada de pagamentos, e discute com o Congresso os últimos ajustes do programa.
Nesta quinta-feira (18), o ministro da Economia, Paulo Guedes, teve um encontro marcado com os presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (DEM-MG), respectivamente, para discutir a retomada do Auxílio Emergencial. A reunião estava prevista para ocorrer na casa de Pacheco.
Sem perder o foco
Diante dos holofotes dos últimos dias terem se voltado para a prisão do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), Guedes procurou Arthur Lira para pedir que a Casa resolve rapidamente o assunto, para que a agenda não compromete temas importantes para a economia do país.
Para viabilizar a retomada do Auxílio Emergencial, a equipe econômica coloca como condição a existência de uma compensação para cobrir os custos com os novos pagamentos. Guedes defende que o Congresso aprove a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) de Orçamento de Guerra.
Diante disso, o governo conseguiria congelar os salários de servidores públicos por até três anos e direcionar estes recursos para as medidas de atenuação do estado de pandemia. Parlamentares, no entanto, resistem a essa medida e, por isso, o cenário segue indefinido.
O único consenso entre as duas partes acerca da retomada do Auxílio Emergencial é que o quantitativo de brasileiros que receberão as novas parcelas serão amplamente reduzidas se comparado com o volume do ano passado. O novo valor do programa deve ficar entre R$ 200 e R$ 250, e o número de cotas entre três a quatro parcelas.