Brasil bate recorde de mortes diárias por Covid-19 e Bolsonaro dá declaração polêmica que gera revolta

Chefe do Executivo polemizou em sua live semanal e foi amplamente criticado nas redes sociais.

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A pandemia do coronavírus segue assolando a população nacional em larga escala nas últimas semanas, e continua em alta em alguns estados.

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Na última quinta-feira (11), o país computou o maior índice de mortes pela Covid-19 em um intervalo de 24 horas, em 2021. Apesar dos 1.452 óbitos, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), voltou a criticar as práticas de isolamento social e defendeu que os brasileiros voltem ao trabalho. 

“A vida continua, temos que enfrentar as adversidades. Não adianta ficar em casa chorando, não vai chegar a lugar nenhum. Vamos respeitar o vírus, voltar a trabalhar, porque sem a economia não tem Brasil”, afirmou o chefe do Executivo, em sua live semanal nas redes sociais. 

Revolta

A declaração de Bolsonaro teve ampla repercussão entre os internautas nas redes sociais. Muitos mostraram revolta com a postura mais uma vez polêmica do presidente em meio a um cenário delicado por conta da pandemia. 

“No mesmo dia em que nosso funcionário e amigo, de apenas 20 anos de idade, perde o pai pra esse vírus maldito, o presidente fala que não adianta ficar em casa chorando, do tipo “engole o choro!”, desabafou um internauta no Twitter.

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https://twitter.com/dadourado/status/1360170620496072704?s=20

“Não adianta ficar em casa chorando” diz o presidente num dia com quase 1.500 mortos. Assim caminha o meu país… Bom dia!!! Pra quem ainda consegue ver alguma luz no fim do túnel!! Porque está difícil!”, disse outra. 

Números exponenciais 

De acordo com o consórcio de imprensa, que computa os dados da Covid-19 no país, o Brasil alcançou a marca de 236.397 mortes em decorrência da doença, sendo o segundo maior na escala global.

O recorde de morte em 2021 até então havia sido registrado no dia 28 de janeiro, quando 1.439 brasileiros perderam a vida para o coronavírus. 

A média móvel de mortes registrada na última semana (1.073) também é a maior deste ano.