Juíza esfaqueada abriu mão da escolta a pedido das filhas: ‘Papai não é bandido’

A juíza contava com proteção 24 horas por dia, com a presença de seis homens armados em dois automóveis.

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A juíza de direito Viviane Vieira Arronenzi, de 45 anos, sofria há meses com as ameaças do engenheiro Paulo Arronenzi. Ambos estiveram casados entre os anos de 2009 e 2020 e, desde a decisão pelo divórcio por parte da magistrada, o feminicida passou a persegui-la por não aceitar o fim do relacionamento.

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Após diversas ameaças, a vítima pleiteou uma escolta particular juntamente ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), onde era lotada. A segurança era formada por seis homens armados, que lhe vigiavam dia e noite, sempre acompanhando o veículo da família em dois carros.

O maior zelo de Viviane era o psicológico das filhas. Ela não queria que as meninas, com idades entre 7 e 9 anos, ficassem reféns do conturbado fim de relacionamento vivido entre ela e Paulo. A decisão final de abrir mão da escolta armada veio a partir de pedidos das meninas, defendendo que o pai “não era bandido”. Para preservá-las, acabou acatando a solicitação.

Na tarde do dia 24 de dezembro, véspera de Natal, Viviane estava sozinha com as filhas quando foi ao encontro de Paulo. Ela iria ceder a guarda das meninas para que elas pudessem passar a Noite de Natal na companhia do pai. Logo quando desceu de seu automóvel particular, foi surpreendia com um feroz ataque.

Laudos cadavéricos do Instituto Médico-Legal (IML) apontam que a juíza sofreu 16 cortes e perfurações feitos com a faca do crime. A maioria se concentrou no rosto, além de vários golpes nas costas. A facada fatal acertou a região de sua jugular, causando hemorragia sem chances de socorro.

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