A pandemia do coronavírus segue registrando novos casos de infectados e óbitos em larga escala pelo mundo. Um dos primeiros epicentro da Covid-19, a Itália realizou um estudo conduzido pela Fundação Policlínica Universitária Agostino Gemell, em Roma, que fez um apontamento preocupante acerca de pessoas que se recuperaram da doença.
Segundo o estudo, pacientes que desenvolveram a Covid de forma mais grave, poderão continuar a ter sintomas por cerca de dois meses. Todos os resultados do levantamento foram publicados no Jornal da Associação Médica Americana.
O estudo analisou 143 pacientes internados com Covid-19 no hospital. Deste total, 72,7% apresentaram indícios de pneumonia intersticial, mesmos sintomas da SRAG – Síndrome Respiratória Aguda Grave.
Todos os pacientes analisados em primeiro instante não apresentaram febres por três dias seguidos, melhoraram em outros sintomas e ainda testaram negativo para a Covid-19 em duas oportunidades – em um intervalo de 24 horas.
Contudo, após deixarem o hospital, 87,4% deles relataram que ao menos um sintoma da doença permaneceu. Entre os principais relatados encontram-se cansaço e dispneia (falta de ar). Avaliados 60 dias depois do início do primeiro sintoma de infecção, apenas pouco mais de 10% relataram não estar sentindo nenhum sintoma relativo à Covid-19.
Apesar da constatação, nenhum paciente reanalisado apresentou febre ou sintomas mais agudos.
Números
Em escala global, a pandemia do coronavírus já se aproxima de 18 milhões de infectados, sendo que pouco mais de 10 milhões já se recuperaram da doença. O número de óbitos já alcança a casa dos 685 mil.
O Brasil figura como segundo país mais afetado pela Covid-19 no mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Em solo nacional são mais de 2,7 milhões de infectados e 93 mil óbitos.