Embora ainda não exista oficialmente, a internet quântica é desenvolvida pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos (DOE, sigla em inglês). Durante entrevista coletiva na última quinta-feira (23), a entidade explicou que usará partículas emaranhadas (fótons, prótons e elétrons) para que o sinal seja transmitido quase instantaneamente, por meio de redes de fibra óptica.
Conforme a agência, um protótipo da rede quântica já foi elaborado pelos cientistas do Laboratório Nacional de Argonne, próximo a Chicago, no estado do Illinois. No entanto, a conclusão do projeto é estimada em dez anos.
Durante testes em fevereiro deste ano, pesquisadores do DOE e da Universidade de Chicago, conseguiram entrelaçar fótons através de um ‘loop quântico’ de 84 quilômetros de extensão. Atualmente essa é a maior rede quântica criada no país.
Segundo Robert J. Zimmer, presidente da Universidade de Chicago, a construção de uma internet quântica, além de envolver estudos inteiramente novos a respeito do assunto, abre caminho para aplicações de novas tecnologias. Zimmer acrescenta que a internet quântica influenciará na sociedade, melhorando áreas relacionadas à segurança, à saúde pública e operações governamentais.
Inviolável
Devido ao fato de as partículas quânticas se comportarem de maneira anômala (mudam de forma e posição quando são observadas), o Departamento de Energia avalia que elas serão praticamente impossíveis de serem violadas por hackers.
Essa característica poderá fortalecer os serviços bancários e de saúde, além de proteger os computadores das agências de inteligência dos Estados Unidos e o sistema de comunicação das aeronaves.
Também existe a chance dos terremotos serem previstos por meio de sensores quânticos usados com este propósito. Essas possibilidades são apenas uma pequena fração do impacto gerado pela criação da internet quântica.