Neste sábado (02), o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro prestou um depoimento, de mais de oito horas, na Superintendência Regional da Polícia Federal, em Curitiba. O ex-juiz foi intimado a depor, após as acusações feitas contra o presidente Jair Bolsonaro, nas quais, acusou Bolsonaro de tentativa de interferência na administração do comando da Polícia Federal.
A oitiva começou por volta das 14h e foi até 22h40. Do lado de fora da Superintendência da PF, jornalistas, apoiadores de Bolsonaro e de Moro travavam gritos de apoio e de repúdio a atitude do ex-juiz, o que foi registrado por diversos veículos de imprensa.
Moro apresentou conversas, áudios e e-mails trocados com o presidente
O ex-ministro levou um arsenal de novas provas para apresentar e comprovar as acusações que fez contra Jair Bolsonaro, de acordo com informações divulgadas pelo jornal O Estado de São Paulo.
Conversas, áudios e e-mails trocados com o presidente durante o período que esteve dentro do governo foram apresentados, em oitiva que foi gravada, e que, em breve deverá ser divulgada na imprensa.
Nas redes sociais, Bolsonaro chamou Moro de ‘Judas’
Em sua conta oficial no Twitter, Bolsonaro fez uma postagem afirmando: ‘O Judas, que hoje deporá, interferiu para que não se investigasse?‘. O comentário do presidente foi feito logo abaixo de um vídeo, em que se comentava o atentado à faca que sofreu durante a campanha para presidência.
Mais uma vez, citando a Constituição, Bolsonaro se defendeu das acusações dizendo que não faria nada que não tivesse de acordo com a Constituição, lembrando que o principal motivo da abertura do inquérito na PF, que causou a crise entre Bolsonaro e Moro foi a tentativa de nomeação de Alexandre Ramagem, para a direção-geral da PF.